Pacientes com diabetes denunciam problemas no abastecimento gratuito de insulina na Farmácia do Povo, localizada no Centro de Teresina. Segundo a servidora pública Suhelen Brasil, a última vez que os pacientes receberam a caneta de insulina foi em dezembro do ano passado. Em nota, a Sesapi destacou que está recebendo o medicamento de maneira gradativa.
“O problema maior está sendo o desabastecimento, que está desde janeiro deste ano. Todos que fazem uso dessa medicação estão sem receber as canetas desde janeiro, a última vez foi em dezembro de 2023”, destacou.
A servidora, que tem diabetes tipo 1 há 25 anos, necessita de seis unidades de insulina em média por mês para controlar a doença, que por lei deve ser entregue gratuitamente pelo governo do estado.
Questionada sobre o assunto, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesapi) informou que a insulina já foi solicitada e está chegando gradativamente, de acordo com o disponibilizado pelo fornecedor. Em nota, o órgão adiantou que o fabricante Sanofi informou estar com dificuldades no processo de fabricação da Insulina Glargina, o que acarretou temporariamente na descontinuidade do abastecimento do medicamento em nível nacional. Confira nota na íntegra abaixo:
A Secretaria do Estado de Saúde (Sesapi) informa que realizou a aquisição da Insulina Glargina e está recebendo o medicamento de maneira gradativa, de acordo com os estoques disponíveis dos fornecedores. Na maior brevidade possível será realizada a dispensação aos usuários.
A Sesapi reitera ainda que a fabricante Sanofi informou que está com dificuldade no processo de fabricação da Insulina Glargina o que acarretou descontinuidade temporária no abastecimento do medicamento
Em nível nacional. A Anvisa já foi notificada.
Além disso, encontra-se em trâmite diversos processos de aquisição do referido medicamento com solicitação de quantitativo para todo este ano, porém, os fornecedores estão com dificuldade para disponibilização.
Outra dificuldade enfrentada pelos pacientes é a falta de tiras reagentes, indicadas para a medição de glicose no sangue em pacientes em tratamento. Nesse caso, a responsabilidade é da Fundação Municipal de Saúde (FMS), que informou ter recebido o material nesta segunda-feira (04) e feito a distribuição nas unidades de saúde da capital.
“É uma falta de humanidade, pois é um direito humano da pessoa, especialmente daquela que não produz a insulina. O diabético, sem essa medicação, não consegue viver. Quem tem dinheiro para comprar a caneta, quando falta, tudo bem, mas e quem não tem?”, desabafou Suhelen Brasil.
Da Redação (Com informações de Francisco José - TV Cidade Verde)