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Alckmin afirma que Piauí vai liderar nova industrialização com hidrogênio verde e diz: \"dia histórico\"

Publicada em 15/12/23 às 20:56h - 9 visualizações

por Rádio Primeira FM 98,3


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O vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, falou durante a solenidade do lançamento da pedra fundamental das usinas de hidrogênio verde na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Parnaíba nesta sexta-feira (15), que o Piauí vai liderar a nova industrialização do Brasil, e que o exemplo dos projetos das usinas de hidrogênio verde são exemplos a ser seguidos.

"Eu e o presidente Lula falamos juntos, o Brasil precisa de uma neo industrialização. O que é a nova indústria? Aqui está o maior exemplo da nova indústria: inovadora e verde. Então, olha o que  vai ter de tecnologia, start ups, pesquisa, inovação, digitalização. Uma nova indústria, aliás, várias indústrias, de hidrogênio, da amônia, um complexo industrial, e verde, descarbonizar", disse. 

O vice-presidente também ressaltou, citando os empresários da Green Energy Park e Solatio, que estão fazendo os investimentos no Piauí, que o governo têm priorizado investimentos e o comércio exterior, e citou a aprovação da reforma da previdência.

"Quero dizer que o Pedro Vacker e o Bart tem sorte, porque acabou de ser aprovada a reforma tributária desonera completamente investimentos, e desonera exportação, porque ela acaba com a acumulatividade, ela via impulsionar investimentos e exportação. Comercio exterior é fundamental", citou.

Projetos de hidrogênio verde

Segundo o governo, as empresas Green Energy Park e Solatio vão investir cerca de R$ 200 bilhões ao longo de 10 anos. O megaprojeto prevê a geração de mais de 20 mil empregos diretos e indiretos para o Piauí em uma década. As duas empresas vão produzir mais de 20 GW de potência sem a emissão de gás carbônico na atmosfera. As obras das usinas devem iniciar no fim de 2024 e a primeira etapa está prevista para ser concluída em 2027, seguindo as etapas até 2035.

O presidente da Solatio Energia, Pedro Vaquer, disse que, a depender da liberação dos licenciamentos, a construção das primeiras usinas vai iniciar até o final do ano que vem, e que pelo menos até a metade de 2027, já vai ser possível tê-las em operação. 

"Nós hoje estamos trabalhando para até, no máximo, setembro ou outubro, termos todas as licenças da primeira fase, que vai ocupar 100 ha e vai ter uma potência de 2 gigas de potência, tanto a fabricação de hidrogênio como amônia, e eu assumi ontem com o governador o compromisso que, tendo todo esse licenciamento em setembro ou outubro, antes do fim do ano que vem, no máximo até dezembro, iniciaremos as obras nessas primeiras 100 ha", disse. 

Ainda segundo o empresário, as usinas de hidrogênio verde e amônia deverão ter seus produtos mais voltados para o mercado externo, mas ele acredita que o Brasil também vai ser consumidor dos produtos gerados a partir das fontes de energia limpa.

"É possível que no início a produção seja mais destinada à Europa porque o continente europeu é mais necessitado desse produto, a causa da guerra da Ucrânia com Rússia, mas não tenho dúvida, sendo o Brasil um dos maiores produtores de agricultura e maiores importadores de fertilizantes, e sendo amônia a base do fertilizante, é evidente que todo este produto, a médio prazo, será 100% destinado ao Brasil", citou.

Os dois empreendimentos ficarão na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Piauí, em Parnaíba. 

Imagem: Transmissão CCom

Solenidade

O vice-presidente chegou por volta das 15h na ZPE e fez o descerramento da placa. Em seguida, ele inaugurou o Centro Internacional de Inovação de Hidrogênio Verde e fez o lançamento da pedra fundamental dos projetos. Uma criança depositou uma caixa de memórias em uma espécie de "cápsula do tempo", para ser aberta em cem anos. Na caixa depositada, havia uma cápsula de hidrogênio junto a uma carta do governador Rafael Fonteles para as futuras gerações. Em seguida, foi feita uma visita à sede da ZPE e do HUB de hidrogênio verde.

Durante a solenidade, o diretor-presidente da Investe Piauí, Victor Hugo, frisou as condições naturais do estado do Piauí como potencial para a expansão da geração de hidrogênio verde, bem como as ações político-administrativas para viabilizar os investimentos para a região.

"O estado do Piauí está liderando a transição energética do mundo. E obviamente, isso é possível porque nós temos as condições naturais, o estado tem vantagens comparativas que o posiciona de forma inconteste frente a outras regiões do mundo, mas ao mesmo tempo nós temos aqui um governador que desde o primeiro dia do seu governo tem trabalhado nessa pauta de transição energética", disse na cerimônia.

O ministro do Desenvolvimento Social e ex-governador Wellington Dias, citou que o lançamento da pedra fundamental representa um momento histórico porque representa oportunidade de emprego e renda para os piauienses e também uma contribuição para uma mudança nas matrizes energéticas no mundo para a contenção de mudanças climáticas. 

"O que estamos fazendo aqui é história, pelo volume de investimento, pelo número de empregos que vamos gerar, mas é história porque daqui do nosso Piauí, principalmente dessa parceria com a comunidade européia, que é um começo, nós estamos fazendo história porque vamos contribuir numa potência que todos lugares poderão, a conter as mudanças climáticas no planeta", disse o ministro.

Já o governador do Piauí, Rafael Fonteles, discursou lembrando que o Piauí e o Nordeste têm características naturais favoráveis para a produção de energia solar e eólica, e disse, se dirigindo ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que chegou a hora da industrialização do Nordeste.

"Estamos diante da verdadeira e nova industrialização do Nordeste brasileiro. E o senhor está liderando o tema da neoindustrialização. E ela não pode ser artificial. Mesmo assim, o Nordeste tendo 29% da população, continua tendo menos de 14% do PIB nacional. Precisamos industrializar o Nordeste, o Piauí, a partir das nossas próprias vocações. E a nossa vocação chegou, a industria verde, não apenas a produção da molécula de hidrogênio", citou.

A proposta é construir um parque para a produção do “combustível do futuro” e abastecer o mercado europeu e brasileiro.

 

Foto: Pedro Santiago

Vice-presidente Alckmin em visita às instalações da ZPE de Parnaíba

Leia também: Executivo de projeto de hidrogênio verde diz que Piauí tem as melhores condições para produção da energia

Empresas de hidrogênio vão enterrar “cápsula do tempo” para abrir a 100 anos

Mais de 30 pesquisadores do mundo integram Centro

O Centro Internacional de Inovação de Hidrogênio Verde, inaugurado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin na ZPE contará com cerca de 30 pesquisadores de várias partes do mundo, sendo 15 pesquisadores do Piauí. 

“O Centro vai fazer o acompanhamento dos projetos de Hidrogênio Verde, de promoção de pesquisa aplicada e inovação a cadeia do hidrogênio verde. É um dos primeiros centros no Brasil de fomento a inovação do hidrogênio verde com foco na geração de novos negócios, de startups, soluções inovadoras tecnológicas para as empresas”. 

O Centro terá parceiros como universidades europeias, americanas, a Ufpi, Uespi, Ufpar, Ifpi.

“O PIB do Piauí é de 60 bilhões e a previsão que é irá dobrar. O projeto começa agora e a plena capacidade vai atingir em 2035. De 2024 a 2035 serão investidos R$ 200 bilhões”.

Cronograma

2024 

  • Elaboração do projeto de engenharia, os licenciamentos ambientais, preparar mão de obra e o início para organização da construção.

2025

  • Contratação de 8 mil pessoas para trabalhar na primeira etapa das duas empresas
  • Nos próximos anos, os dois projetos vão gerar 20 mil empregos diretos e indiretos.
  • Fevereiro de 2027 a primeira inauguração. 

Segundo o presidente da Investe, Victor Hugo, o projeto respeita o meio ambientes e tem impacto positivo social.

“Impacta não só a região de Parnaíba, mas todo uma cadeia de fornecedores”.




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