A morte do juiz Diego Ricardo Melo de Almeida, da 2ª Vara da comarca de Pedro II, que morreu após entrar em uma corrente de retorno gerou dúvidas sobre o fenômeno natural que, apesar de frequente, ainda é pouco conhecido. A tenente-coronel, Najra Nunes, Relações Públicas do Corpo de Bombeiros, explica que as ondas acabam formando uma espécie de canal que arrasta o banhista com muita intensidade.
"Acontece em locais, aparentemente, tranquilos, onde não há ondas. A corrente de retorno são as águas das ondas que vieram retornando por baixo. Então, parece que está tranquilo, mas tem uma grande correnteza passando ali. A pessoa quando cai nesse canal, não consegue sair nadando, aí entra em desespero, entra em pânico, cansa ao fazer esforço para nadar contra a corrente e, geralmente, não consegue, acaba bebendo água e vem a submergir", explica a militar.
Para escapar da corrente de retorno, o ideal é manter a calma e tentar flutuar.
"Mantenha a calma, respire tranquilamente para flutuar, pois o pulmão é uma boia natural dentro do corpo. A correnteza vai levar a pessoa de forma lateralizada e a tendência são as ondas trazerem de volta para a margem", explica Najra.
Outras orientações também são importantes como saber se a área é propícia para banho e observar a altura da água. No caso de adultos, o ideal é que o nível não ultrapasse o quadril. Já no caso das crianças, a medida são os joelhos.
Da Redação