Mais de 20 instituições lançam nesta segunda-feira (13) o Plano Estadual de Erradicação do Aliciamento e Prevenção ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas no Piauí e instituem a Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas no Estado do Piauí (Coetrae).
O evento acontece no auditório da Secretaria de Administração, a partir das 8h30, com representantes do Governo do Estado, Governo Federal e de instituições que atuam no combate ao trabalho escravo no Piauí.
Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), nos últimos anos, o Piauí tem ganhado destaque no resgate de trabalhadores em situação análoga à de escravidão. Em 2022, foram 180 trabalhadores resgatados, colocando o estado como o primeiro do Nordeste e o terceiro no Brasil com maior número de resgatados. Em 2023, foram 159 trabalhadores resgatados.
O procurador do Trabalho e coordenador regional de Combate ao Trabalho Escravo do Ministério Público do Trabalho no Piauí, Edno Moura, destacou que essa é uma oportunidade de discutir e dialogar sobre o panorama do trabalho escravo no estado.
“São várias as instituições envolvidas nesse trabalho e a ideia é nos unirmos para avançarmos nas políticas públicas, não apenas nas repressivas, mas também na assistência aos trabalhadores pós-resgate e em evitar que eles sejam aliciados para trabalharem em situações degradantes”, comentou.
Edno Moura destacou ainda a importância da criação da Coetrae para combater o crime.
“O Piauí é um dos poucos estados que não têm a Coetrae e ela será fundamental para a articulação das ações”, avalia.
O evento contará ainda com a presença da Secretária Estadual de Assistência Social, Regina Sousa, membros das instituições que integram a Coetrae e ainda representantes do Ministério de Direitos Humanos e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Da Redação