O diretor do Departamento de Polícia Científica, Antônio Nunes, concedeu entrevista ao Balanço Geral Piauí, da TV Antena 10, nesta segunda-feira (06), e comentou sobre o caso de envenenamento que deixou três pessoas da mesma família mortas em Parnaíba, litoral do Piauí.
Entre elas, duas crianças de 1 ano e 8 meses, de 3 anos, e um jovem de 18 anos.
O veneno, segundo a polícia, estava no arroz que foi preparado por um familiar na virada do ano. Eles consumiram o alimento no dia seguinte e passaram mal. Nove pessoas foram hospitalizadas, sendo que 4 já receberam alta, três morreram e outras duas seguem internadas. São elas: Francisca Maria da Silva, de 32 anos, e uma criança de 4 anos que foi transferida para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
“Ele é um agrotóxico para matar pragas. É usado em ambientes de agricultura ou para matar roedores. É um veneno. Frisa-se que ele é proibido no Brasil”, declarou Antônio Nunes à TV Antena 10 sobre a substância Terbufos que foi encontrada no arroz.
A Polícia Civil descartou a participação do casal que fez a doação das manjubas para a família e agora busca identificar quem inseriu a substância no arroz. Não é ignorada a possível participação de algum membro da família, considerando que o veneno teria sido colocado durante a preparação do almoço.
Na madrugada desta segunda (06), Lauane da Silva, 3 anos, não resistiu às complicações do grave quadro clínico e faleceu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Maria de Fátima, irmã de Francisca, que está internada e perdeu dois filhos por envenenamento, afirmou em entrevista à TV Antena 10 que foi a responsável por preparar o arroz que foi consumido pela família, em Parnaíba, litoral do Piauí. Laudos apontaram que havia a substância Terbufos no alimento, e o fato deixou três mortos. A terceira vítima, Lauane da Silva, de 3 anos, faleceu na manhã desta segunda-feira (06), e outras seis pessoas também chegaram ser internadas com os sintomas. Apesar dessa informação, a Polícia Civil busca identificar quem colocou a substância no alimento.
No dia do ocorrido, 1º de janeiro, a mulher afirmou que o arroz havia sido preparado para o jantar da virada de ano, e todos comeram normalmente. Ela disse que contou com o auxílio da irmã, e que estavam suspeitando das manjubas recebidas pela família. Ela foi enfática ao dizer que a contaminação não seria no prato que ela havia preparado, mas, sim, no alimento doado. Ela também disse que não consumiu o arroz.
Durante essa semana, a polícia vai ouvir mais pessoas para aprofundar as investigações e identificar a autoria do crime. “Vamos ouvir todas as pessoas que estavam dentro do imóvel no momento da preparação [ do almoço] , e esclarecer se entrou algum estranho na casa nesse período. Depois disso, vamos trabalhar em cima da autoria”, destacou o delegado Abimael Silva à TV Antena 10.
As vítimas que faleceram são: Manoel Leandro da Silva, de 18 anos; Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses (filho de Francisca Maria) e Lauane da Silva, de 3 anos (filha de Francisca Maria e irmã de Igno Davi). Uma menina de 4 anos segue internada no Hospital de Urgência de Teresina. Francisca Maria da Silva, de 32 anos, que é mãe de Lauane e Igno Davi e irmã de Manoel, está internada em hospital de Parnaíba. As demais vítimas receberam alta.
O caso foi registrado na quarta-feira (01), no conjunto Dom Rufino II, em Parnaíba, litoral do Piauí. As vítimas são parentes dos irmãos que, em agosto de 2024, foram envenenados após consumirem cajus. Francisca Maria da Silva, de 32 anos, mãe dos meninos Ulisses Gabriel e João Miguel, encontra-se em estado gravíssimo.
Fonte: Portal A10+
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